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fevereiro 28, 2009

O Lutador - Resenha

Filme tem excelentes atuações e questiona: você é definido pelo que você faz em sua vida?



Com direção de Darren Aronofsky, o mesmo que presenteou os cinéfilos com Réquiem para um sonho - um dos melhores filmes que vi na minha vida - e Pi, chega aos cinemas essa semana a aguardada produção que teve bastante sucesso entre críticos e levou dois Globo de Ouro: Melhor ator para Mickey Rourke e melhor canção original.

O filme é bastante simples e é daqueles que o personagem é a própria história. Não necessita de mais nada, apenas um roteiro bom, atuações perfeitas e um diretor que saiba mostrar isso sem deixar nada chato. Como dizem, é quase um documentário sobre a tempestuosa vida do ator Mickey Rourke que também lutava. A produção o retrata em uma fase da vida que geralmente o ser humano precisa fazer escolhas... Mas claro que isso só acontece depois que Randy "The Ram" Robinson, um astro ficcional da luta-livre dos anos 1980, tem o pedido de seu cardiologista para se afastar dos ringues. Daí, ele percebe que está sozinho em sua vida, e sem a luta, vem o vazio existêncial que o isola do mundo real. Sua única amizade é com a stripper vivida pela atriz Marisa Tomei - excelente, linda e por sinal merecidamente foi indicada para o Oscar - e que logo tem chances de levar um rumo amoroso se não fosse o fato dela o tratar como cliente mesmo sabendo que a relação deles é mais do que isso.

Então ela dá a sugestão dele tentar se aproximar de sua filha (Evan Rachel Wood), da qual, vivem brigados por consequência da ausência dele na função de pai. Ele realmente tenta mudar de vida, vai trabalhar como balconista do açougue de um supermercado. E nesse cotidiano tão diferente dos ringues, é onde ele encontra o maior de seus desafios, pelo incrível que pareça. Conviver com as pessoas pode no começo parecer fácil, mas logo ele percebe que não é aquilo que faz dele um ser humano satisfeito. Ele funciona como lutador, da qual, bate e apanha. A relação verbal não faz sentido. Mesmo que isso o encaixe em um esterótipo diferente do que realmente é.

É a questão crucial do filme: você é definido pelo que você faz em sua vida? E o cara mostra de forma explosiva nos ringues uma coisa que realmente ele não é na realidade afetiva. Pela primeira vez vejo um filme que foge desses clichês de superação e tem um final tão humano que beira numa realidade trágica por um lado, mas que satisfaz do mesmo jeito o protagonista agonizado. [Nota: 9,5]


O Lutador

The Wrestler

EUA, 2008 - 115 min
Drama
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Robert D. Siegel
Elenco: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Mark Margolis, Todd Barry, Wass Stevens, Judah Friedlander, Ernest Miller

Trailer:




fevereiro 27, 2009

Quem quer ser um milionário? - Resenha

Ganhador do Oscar é uma história de amor que encanta numa realidade não tão bela assim



Que a Índia anda na moda, todos estamos percebendo, inclusive aqui no Brasil. Mas diferente equívocos cometidos na tal produção daqui, o vencedor do Oscar mostra o país com uma visão diferente, que foge de clichês e toda a riqueza que apenas apartir dos olhos de crianças podemos ver e sentir. E o público brasileiro deve perceber isso, pois a sessão estava completamente lotada. Quem quer ser um milionário? é sem dúvidas a maior surpresa do ano, e inova nas mãos de um diretor tão ágil, criativo e que se supera a cada trabalho.

O filme já começa de forma forte, com o personagem principal, Jamal é interrogado e torturado pela polícia que procura saber se ele teria colado no programa de TV aos moldes do Show do Milhão. Procuram algum chip nele, e o garoto chega a ser eletrocutado. Depois partimos para flashback, da qual, mostra crianças fugindo da polícia. Correm pelas pequenas ruas da favela que moram. Logo em seguida, numa outra cena um policial chega e analisando o vídeo do programa gravado, começa a lhe fazer perguntas. A cada questão respondida, ele pergunta a Jamal como ele acertou tal questão, se é apenas um favelado. O flashback assume a responsabilidade de contar como ele chegou às resposta das perguntas, que muito tem a ver com a sua vida, e assim vamos construindo um filme que mostra o garoto que tanto sofreu, e com sacríficio e longe de seu amor, chegou até ali. E toda a história deixa o ritmo cada vez mais alucinante e o personagem cada vez mais heróico e carismático. Memória fotográfica à parte para responder tais perguntas, o programa serve apenas como plano de fundo para ele por sua vida em panos limpos. Mas enfim, o show acaba dando um exemplo de vida e uma possibilidade de unir pessoas que se amam, mas isso, apenas ele sabe.

Com uma direção de arte brilhante, uma trilha sonora fantástica e energética, o filme nos guia numa aventura romântica e tão atual, que em momentos beira à tragédia humana, como vemos no nosso impactante Cidade de Deus, mas não se limita a tal tristeza, impondo esperança e fantasia até mesmo onde não parece existir. O personagem é sonhador, e luta o tempo todo. Sua amizade não é muito confiável - o que faz lembrar a história do lindo livro O Caçador de pipas - e seu amor acaba se tornando difícil de existir, pelo rumo que a história da mocinha segue. Eu diria um amor tão belo e grandioso como Moulin Rouge! mostrou.

Sem fazer rodeios, o filme que se passa em torno desse programa, e consegue comover até mesmo a platéia do cinema, que se põe na pele de Jamal. Inclusive a tal última pergunta que todos ficamos aflitos de qual poderia ser a resposta. Mas tratando a vida como o show de perguntas, o filme abre com uma questão pra nós mesmos.Essa pergunta surge na tela escura junto com suas alternativas, sem dar a resposta, da qual vamos ter a resposta. E mais pra frente aparece na tela, e fecha com um clímax da melhor maneira possível. É difícil segurar um sorriso ao fim de sua exibição, ou aos mais sensíveis, as lágrimas de emoção. E pela primeira vez em um filme que explora a realidade social, essas lágrimas não são de tristeza.

O filme ainda apresenta uma edição intensa, que segue uma trilha ainda mais ritmada. Nos vemos numa espécie de videoclipe, com músicas fortes, cores e cenário propício à cortes e enquadramentos ousados e marcantes. E tem espaço até para canções mais modernas como o pop da cantora M.I.A com a música Paper Planes. A cena do metrô, onde a moça é levada de forma violenta, é uma que mostra bem isso. É que causa arrepios. As atuações são outra parte incrível, principalmente se tratando dos atores mirins, que dão um show à parte. Dev Patel, que participu das duas primeiras temporadas de Skins, faz sua parte, e convence num papel tão humano. E tudo isso faz o filme sim, ser um dos melhores da linha feel good dessa última década.

Ao ganhar o Oscar, Quem quer ser um Milionário? comprovou três coisas:

- Criatividade é muito mais importante que o fator financeiro, que com pouco dinheiro, às vezes podemos fazer mais e melhor;
- Danny Boyle (foto) é um ótimo diretor, com sua linguagem objetiva e atual. Fez vários gêneros, como terror em Extermínio, ficção científica em Sunshine, drama em Trainspotting e suspense com A praia, isso pra citar os mais conhecidos. E em todos consegue deixar sua marca que consiste em humanizar a história e torná-la acessível inserindo o público na pele dos personagens;
- Vivemos num mundo, da qual, temos culturas diferentes que trazem histórias lindas e lições de vida que mal sabemos que existam. E isso rende ótimas histórias, basta saber enxergar, interpretar e por em prática a realidade que nos cerca.

Nota: 10!

Quem Quer Ser Um Milionário?
Slumdog Millionaire

Reino Unido / EUA , 2008 - 120 min
Drama
Direção:Danny Boyle
Roteiro: Simon Beaufoy
Elenco: Dev Patel, Irrfan Khan, Anil Kapoor, Madhur Mittal, Freida Pinto

fevereiro 23, 2009

Oscar 2009



Pois é, como Hugh Jackman disse na abertura... Um grande filme não precisa de muito dinheiro, e sim de criatividade e câmera na mão. Ok, não nessas palavras. A vitória de Quem quer ser um milionário? prova que a indústria vive numa fase humilde, da qual, as grandes produções não estão ganhando. O Oscar continua sendo uma premiação com poucas surpresas, desde a vitória de Crash como melhor filme.

Uma festa dinâmica que inovou em relembrar outras produções do ano passado que nunca seriam indicadas, filmes de ação, romance, animação e comédia. Fico meio chateado do gênero de suspense - nem precisa ser terror - passar em branco. Enfim, foi uma homenagem legal, necessária, já que é isso que faz a indústria sobreviver. Outro ponto positivo é o momento de entregar os prêmios nas categorias principais, com ganhadores de outros anos falando de cada indicado. O show conseguiu se renovar. E os musicais? Não tivemos nenhuma apresentação chata, apesar de que Beyoncé já está virando um clichê. Por que não a Christina? Ou sei lá a Shakira... enfim, a resposta é meio óbvia... Beyoncé tem crescido nessa indústria.

Eu não vou comentar categorias técnicas, não posso fazer isso, quando se faz uma aposta você meio que chuta... O júri especializado, sabe o que faz. Mas, eu acredito que filmes de ação na categoria de som e edição de som, deveriam ser favoritos, afinal, é muito mais trabalhoso. Penélope Cruz enfim leva seu Oscar. Ela é linda, é brilhante, mas espero vê-la num papel maior. Heath Leadger melhor ator coadjuvante. Nessa hora eu fiquei muito puto. Como assim o cara morreu? Kate Winslet devia ganhar o Oscar pelo seu drama em ganhar prêmios. É de uma intensidade, emoção... Quero Meryl Streep ganhando mais! Danny Boyle o diretor mais cool da indústria levou de diretor... Melhor ator para Mi... Milk! Sean Penn! A única das minhas surpresa da noite...O Globo de Ouro não de bola para o cara, e ele chega aqui e mete a mão na cara do lutador Mickey Rourke. Foi briga de cachorro grande. Discursos gays por todo o lado e a Índia em povorosa, Quem quer ser um milionário? derruba a superprodução de 150 milhões!

Essa é a lógica do espetáculo, um bom filme não tem que ser aquele deslumbrante e enorme, e sim aquele que toca no sentimento mais profundo da gente. Nunca botei fé em Benjamin Button para ganhar, porque entendi que para ganhar o Oscar nessa sua fase humilde tem de ser menos do que aquilo tudo. Tem de ser mais simples, mais realista. Olhe para os últimos vencedores... Crash, Menina de Ouro... Olhe para os indicados! Juno, Pequena Miss Sunshine... Quando uma superprodução ganha, é porque ela cria um mundo novo para nos provocar esse tal sentimento. Mas uma coisa pra quem não gostou, o Oscar é o único prêmio que se você é indicado, já ganha prestígio de imediato. E que venham mais filmes desse tipo e por isso boto fé no nosso cinema.

ps.: Quem quer ser um milionário? custou 15 milhões de dólares, menos até mesmo que o novo Sexta-feira 13.

fevereiro 22, 2009

Pete Doherty "Last of The English Roses" - Video Premiere

Projeto solo de ex-Libertines e atual Babyshambles tem video com futebol e beijo gay

O aguardado álbum solo do polêmico Pete Doherty acaba de ganhar seu primeiro videoclipe. O cantor que se envolveu em polêmicas com as drogas e chegou a ser preso, vai lançar seu primeiro álbum solo dia 16 de março com o nome de Grace/Wastelands. O disco traz um repertório com sonoridade acústico experimental. Lembrando que o Babyshambles não acabou, o que pra mim é uma notícia muito boa. Ah, e você que ficou curioso com trabalho, dá pra ouvir algumas músicas novas no site da New Music Express (www.nme.com), elas estão disponíveis no blog do site.

A arte da capa do álbum foi feita pelo próprio Doherty com a artista francesa Alize Meurisse. Será que depois das aventuras ao lado da sua amiga Amy Winehouse, o cara entrou na linha?

O clipe da música Last of The English Roses é simples e tão subjetivo que você só entende a mensagem ao final. Veja:


fevereiro 21, 2009

Dollhouse - Resenha

Novo seriado do criador de Buffy, tem Eliza Dushku e foge dos clichês


Apenas ontem tive a oportunidade de poder conferir o piloto do novo seriado de Joss Whedon - criador de Buffy, A caça vampiros - que estreou na semana passada na FOX americana. Como já comentei aqui no blog anteriormente, eu aguardava ansioso pela estréia, afinal se trata de um projeto que tem por trás um criativo autor, que traz em seu currículo outro seriado importante para a cultura pop americana: Buffy, a caça vampiros. Outro motivo é a protagonista vivida pela linda e talentosa Eliza Dushku. Ela participou de Buffy também, como a personagem Faith, e um tempo atrás estrelou outra série do canal, a impressionante Tru Calling - cancelada no início da 2ª temporada.

Mas dessa vez eu estou com um pé atrás. A FOX americana é uma tristeza. Não dá pra se apegar muito à uma série, porque esse é o único canal que não dá 2ª chances pra nenhuma das produções que falham na audiência. E pra piorar a situação, Dollhouse já foi ao ar com o filme queimado. Teve suas filmagens interrompidas por um tempo, e teria sido remodelada. Outro problema é o dia em que foi escolhido para ser exibido: uma sexta-feira. Ou seja, ninguém presta muita atenção, ou sequer vê TV nesse dia. As médias de audiência sempre são baixas. E um outro problema, como não bastassem tantos, é o programa exibido antes, no horário das 20h: Terminator. Série que tem cada vez perdido mais telespectadores. Está no ar apenas por causa do filme que tem lançamento esse ano e a emissora espera que isso ajude a série quase morta. Dollhouse ficou em terceiro lugar em números de telespectadores com 4,72 milhões. Mas em pontos de audiência por faixa etária conseguiu a liderança, mas dividindo com Supernanny.

A série conta a história de um grupo de pessoas que moram numa casa, e estão à serviço de uma instituição que os usa para resolver crimes. Eles têm a mente apagada a cada serviço completado, e a cada novo, são submetidos a lavagem celebral para aprenderem a lidar com a nova missão. Eliza Dushki é Echo, que começa a desconfiar das intenções do lugar. Logo nesse piloto percebemos que sua mente já não fica completamente apagada de lembranças de sua infância. E ela agora faz questionamentos. Série ágil, mas que precisa de um pouquinho mais de ação se quiser sobreviver. Eu vou continuar assistindo. E recomendo a quem estiver disposto a curtir suspense policial e com ficção na medida certa.

Assista o trailer:



fevereiro 20, 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button - Resenha

Indicado ao Oscar é uma obra de arte que guarda uma lição de vida


A primeira impressão que fica, de quando começamos a ver O Curioso Caso de Benjamin Button é que imaginamos o que poderá acontecer no final. Sabemos que aquele homem que no momento do nascimento já é envelhecido e cheio de doenças de idosos, mas aos poucos vai rejuvelhecendo, tem um caminho que apesar de diferente, termina do mesmo jeito que uma pessoa normal. Mas, o que não imaginamos, é como viver essa vida sem que isso seja um problema para tantos questionamentos e caminhos que aparecem em vida. E os amores também, claro.

O seu início guarda a parte mais interessante do mistério. Quando um inventor  constrói um relógio que marca as horas de forma contrária. Isso de forma simbólica para o tempo voltar e trazer seu filho que morreu na guerra. De forma melancólica esse relógio é inaugurado. E também de forma melancólica, e trágica, nasce em outro ponto da cidade, essa criança já envelhecida que é abandonada na porta de um asilo. Daí começamos a ver como é criar um ser humano em uma circunstância tão diferente de vida. Ele aprende a andar com ajuda de muletas, é criado num ambiente com pessoas idosas, mas é tratado normalmente por quem o cerca.

Então ele vai se aventurar como qualquer jovem em sua idade faz, acaba fazendo parte da guerra de uma maneira não tão direta, mas sofre as consequências do mesmo jeito, e ainda em seu caminho conhece o sexo e a amizade. Personagens cruzam seu caminho e vão acrescentando e muito em sua vida. Mas o principal de tudo é a experiência de seu relacionamento amoroso com Daisy (Cate Blanchett). Eles "cresceram" juntos - cada um ao seu modo - e se encontram tempos depois para tentarem conciliar as diferença e fazer o amor da certo. Mas infelizmente tudo está marcado para ter um final complicado de se aceitar.

Brad Pitt convence num papel tão rico. Apesar de maquiado e escondido por trás de tantos efeitos visuais, ele consegue manter o personagem carismático e nos fazendo identificar com sua história. O filme ainda traz locações lindas, uma fotografia que assombra quando tem de assombrar, ou que enche os nossos olhos quando é o momento de suspirar. O filme tem grandes chances de levar nas categorias técnicas do Oscar. Como melhor filme, eu ainda fico meio dividido, pois tudo é tratado de forma tão subjetiva, que ao meu ver pelos vencedores de anos anteriores, Benjamin Button não cumpre tanto sua missão de ir mais afundo com questionamentos ligados a velhice e seu papel na sociedade. O drama pessoal fica muito fechado no protagonista e segue à risca sua fábula. Mas isso não desmerece os temas tratados sobre a nossa passagem pelo ciclo da vida e a forma como o homem trata o tempo, que seja nascendo velho ou novo, tem semelhanças enormes ao longo da existência.

Ah! E qualquer semelhança com Forrest Gump, não é mera coincidência, o roteirista é o mesmo, o que deve ter influenciado nas pequenas características da forma como se é contada a história. [Nota:9,5]

O Curioso Caso de Benjamin Button

The Curious Case of Benjamin Button

EUA, 2008 - 166 min
Drama
Direção: David Fincher
Roteiro: Eric Roth
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Julia Ormond, Tilda Swinton, Faune A. Chambers, Elias Koteas, Donna DuPlantier, Jason Flemyng, Joeanna Sayler, Taraji P. Henson, Mahershalalhashbaz Ali, Fiona Hale

fevereiro 17, 2009

Sexta-Feira 13 - Resenha

Clássico ganha versão atualizada, dirigido pelo mesmo diretor de O Massacre da Serra Elétrica


 
Marcus Nispel conseguiu ganhar o meu respeito. O diretor alemão que antes dirigia videoclipes e comerciais, agarrou o gênero terror nas telas de cinema e tem feito bonito. O seu primeiro projeto foi nada menos que o polêmico ressurgimento de Leatherface nas telas. E não deu outra, o remake de O Massacre da Serra Elétrica foi um sucesso de bilheteria e de crítica, e deu um refresco no gênero, que não via novidades desde o fim da era Pânico ou dos remakes de filmes orientais. E o cara acertou mais uma vez. Apesar de um deslize dos grandes, com a produção Desbravadores, o novo filme do vilão Jason, Sexta-Feira 13, consegue manter o nível da outra produção.

Claro que o diretor não pode ganhar o mérito sozinho. Com um time de produtores experientes no gênero, eles fazem parte do grupo da Platinum Dunes, empresa de Michael Bay (Transformers, Armageddon) - diretor que também ajuda a produzir os filmes. A produtora já conseguiu emplacar filmes como: O Massacre da Serra Elétrica, Horror em Amityville, O Massacre da Serra Elétrica - O Início e A Morte Pede Carona. Agora acaba de bater um recorde com o novo Sexta-Feira 13 que arrecadou 42 milhões no seu primeiro fim de semana nos EUA, a melhor abertura do gênero desde O Grito, que teve arrecadação de 39 milhões no mesmo período.

Mas quem viu o clássico e não se tornou um fã, sabe que o filme não é isso tudo que pintam. A história é fraca e serve mesmo como desculpa para mostrar mortes criativas, além da perigosa mistura de sexo e violência, que são desnecessárias em seu contexto geral. Mas clássico, é clássico e não importa seus equívocos e exageros.

O filme começa com um pequeno flashback da mãe de Jason Vorhees sendo assassinada por uma adolescente. Ela já havia matado o grupo inteiro em um acampamento, da qual os culpa pelo acidente com o filho. Jason teria se afogado enquanto os jovens ao invés de o ajudarem, faziam sexo e curtiam a vida. Com a morte dela, Jason - deformado no acidente - segue sua sede de vingança. Depois de mais ou menos apresentados, começa a matança. Morre uma turma inteira, o que dá a sensação de que o filme é apenas aquilo. Então, um mês depois, o irmão de uma das jovens que estavam naquela lugar e segue desaparecida, chega a região à sua procura. Claro, que os moradores não sabem de nada. E pedem apenas pra deixá-los em paz. Todos esses personagens já esbarram em uma das séries de elementos que o diretor usou em O Massacre da Serra Elétrica. As locações e enquadramentos a todo momento se parecem, mas nesse aspecto Sexta-Feira 13 leva a pior por ter vindo depois.

O jovem, interpretado por Jared Padalecki, encontra um grupo que vai passar uns tempos ali numa casa do pai de um deles. Logo um à um começa a morrer. E mais pra frente uma reviravolta consegue deixar a história mais interessante, e não estou falando do final. O diretor diz que não gosta de tratar esse filme como um remake e sim uma atualização, o que pra mim tira ainda mais a essência de seu original. Entre exageros como a rapidez de Jason, ou o excesso de nudez, outro aspecto negativo é a escolha do protagonista masculino, que geralmente não tem espaço nesse gênero.

Mas a forma que o filme é produzido, suas diferenças com outra produções que jorram sangue pela tela, é um ponto que deve ser levado em consideração. O filme não cai no perigoso clichê, e uma sensação de realismo consegue o desejado suspense. É possível dizer apenas que os erros aqui são apenas reflexo do original, que estão presentes agora para não decepcionar os fãs. Mas que o clima de tensão e a reinvenção do gênero foi muito melhor aproveitado em O Massacre da Serra Elétrica, não dá para questionar. [Nota 8,5]

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th)
EUA, 2009 - 97 min

Terror

Direção:
Marcus Nispel
Roteiro:
Damian Shannon, Mark Swift, Mark Wheaton
Elenco:
Jared Padalecki, Danielle Panabaker, Amanda Righetti, Travis Van Winkle, Aaron Yoo, Derek Mears, Jonathan Sadowski, Julianna Guill, Ben Feldman, Willa Ford

Trailer:





fevereiro 16, 2009

Novidades: Os Simpsons tem nova abertura e Transformers 2 novo teaser!!

Vou preenchendo um vazio aqui dos últimos dias, mas tava complicado pra postar. Estava todo atrasado com meus seriados, então decidi colocar eles em dia. Assisti 30 Rock, Grey's Anatomy e Desperate Housewives... Pretendo continuar assistido-os pela TV... Porque o Sony pode ser falho às vezes, mas ele pelo menos não vai ficar reprisando episódios no meio dessa temporada. E aviso aos que reclamam que não têm nada pra ver: ASSISTAM 30 ROCK! É tudo muito perfeito... Engraçado, inteligente e criativo! Todos os personagens são de nível elevado. Imperdível! Já as outras duas citadas são boas, mas infelizmente acabam desgastadas com o tempo.

Apesar de me atulaizar com as séries, Lost está aqui no meu PC juntando poeira... E Dollhouse vai entrar pra fila. Já falei aqui que sou fã da Eliza Dushku?

E diferente de Skins, vou comentar os seriados que eu achar que se destacaram, no final de sua temporada, pra não ficar penoso pra mim e pra vocês. Dollhouse eu acredito que tenho que expor pelo menos minhas primeiras impressões.


Bom, tenho um vídeo legal aqui pra quem curti Os Simpsons. Depois de 20 anos, o desenho agora é exibido em versão digital, em alta resolução. E para comemorar foi lançada uma nova vinheta, renovada e mais detalhada. Olha aí, mas tente perceber as novas piadas e mais personagens que aparecem, é muita coisa junta:



E olha que absurdo, saiu o novo teaser de Transformers, onde os novos robôs são mostrados com mais calma... Esse filme promete hein?



Amanhã se tudo me ocorrer bem tem a resenha de Sexta-Feira 13... ah!

fevereiro 13, 2009

Chris Cornell "Part Of Me"

E nessa semana foi lançado o mais novo clipe do cantor Chris Cornell. O cara não economizou vídeos promocionais para o novo albúm Scream, que será lançado em 10 de Março. Com produção de Timbaland, que ultimamente tem sido muito requisitado na indústria musical, e foi o homem por trás dos últimos sucessos de Justin Timberlake e Nelly Furtado mas conseguiu afundar ainda mais a carreira da cantora Ashlee Simpson.

Eu já ouvi o álbum do Chris, mas vou postar minhas críticas quando o lançamento se aproximar. Mas posso dizer que a sonoridade é rica e interessante. Part Of Me é o 4º vídeo lançado desde então. O mercado americano parece está se inspirando no japonês, onde o artista lança todos os singles antes do lançamento do álbum...

Confira:




Eu continuo curtindo mais o clipe de Scream.

fevereiro 12, 2009

The Ting Tings "We Walk"

Como perceberam, eu sumi esses dias... e como já havia explicado estou sem meu PC, que deve voltar hoje.. uhuu o/

Mas como vi que tinha saído o novo clipe do The Ting Tings, para a música We Walk, não tenho conseguido dormir desde então, pois tava louco pra postar aqui no blog. Lembrando que esse video é promocional no UK, pois That's not My Name ganhou uma nova versão em vídeo especialmente para os EUA. Então para eu voltar a dormir tranquilo...:



Ps: E sobre o Grammy, vou comentar o que mais me chamou à atenção...Gente! Como assim Chris Brown enfiou porrada na Rihanna? Ele mordeu a Rihanna! Ele pode ficar preso por 9 anos! Não esperava isso de você Chris!

fevereiro 05, 2009

Foi Apenas Um Sonho - Resenha

Filme explora uma realidade humana que muitos preferem esconder


É engraçado como às vezes o trailer engana sobre o verdadeiro conteúdo do filme. Quando vi o trailer de Foi Apenas um Sonho, logo imaginei um filme em que o amor dos protagonistas encontraria obstáculos decorrentes do mundo para atrapalhar... Sei lá, uma guerra, uma revolução... algo do tipo. Mas o filme trata de um tema simples, porém complexo, na qual, o fato de serem apenas humanos, já é o problema suficiente para não deixar o final feliz acontecer.

Pois é, o filme pode trazer um certo desconforto para aqueles que viram o casal de Titanic, Leonardo di Caprio (Frank) e Kate Winslet (April), e torciam por um final melhor neste longa... Não é o que ocorre. Inclusive é um filme difícil e tem de ter um certo controle emocional para não deixar o filme trazer uma angústia. Essa escolha do elenco, eu acredito que foi até propositado, ao perceber que os dois não combinam muito bem... Tem diferenças físicas gritantes. Leo, apesar de envelhecido, ainda parece ser muito novo para Kate. E a única química que os dois mostram ter, são nas cenas de brigas que acontecem o tempo todo. O filme já começa com uma cena bem intensa dos dois discutindo. E logo depois vamos para cenas que por meio de lembranças, contam mais ou menos a história dos dois.

É então que April quer mudar de vida, e dar um descanso pro marido, que trabalha numa empresa da qual não gosta. Ela tem a ideia de todos - inclusive o casal de filhos pequenos - viajarem até Paris. Viver a vida por ela mesma e não se sentir mais presa na casa que acabaram de se mudar, que fica em Revolutionary Road (título original) - subúrbio de Nova York. A idéia dela, é nada mais que muitas pessoas tendem a se prenderem com o tempo ao seguir a rígida rotina.Fugir de um vazio, fugir do marasmo que muitas vezes somos obrigados a viver, apenas por uma questão sistemática, uma questão de aparências. Ela vê seu casamento caindo num abismo, e decide não se entregar. Faz planos. Mas o caminho do tal paraíso que passa a tratar como uma saída, é tão penoso quanto viver daquele modo. Afinal o ser humano é confuso, tem medos e anseios...

O tumultuado casamento dos dois abre fendas no relacionamento, e a fidelidade já não se torna algo ligado à tentação, e sim ao refúgio, ou uma aventura que serve de válvula de escape. O sexo mostrado em três cenas do filme são frios, rápidos sem quase emoção alguma. Sam Mendes, o diretor, que também retratou o subúrbio em Beleza Americana, mais uma vez não faz um filme que nos faça chorar... A intenção é claramente nos injetar uma dose de realidade, pouco vista no cinema. Por isso, a edição priorizou os principais momentos de fúria, de raiva, de confusão, e pouco das consequências dos atos, como no chocante final.

Foi Apenas um sonho é um filme sobre o ser humano. Sobre a vida e acima de tudo, sobre sonhos não alcançados. Os personagens secundários completam o desfecho de uma sociedade vazia, em que o segredo de um casamento duradouro, deve ser ignorar a fala do companheiro. Agüentar. Mas não são todos que conseguem.

A produção infelizmente não trata da família num contexto mais abrangente. Não conhecemos a família de ambos personagens, e seus filhos são exageradamente afastados da trama central. Kate Winslet com sua impecável atuação, mostra um grande amadurecimento desde drama do navio que afunda. E Leonardo caminha para ser um dos maiores astros do cinema de sua geração, apesar desse não ser o papel de sua carreira. Desde o realista e filosófico Leões e Cordeiros, nenhum filme fez me identificar com a temática como esse. [Nota:10]

Blog com menos atualizações.

Gente, meu PC está condenado. Pois é, problemas com a placa mãe... E por isso fico com meu coração despedaçado sem poder postar mais vezes no aqui. O Project Monkeys no momento é uma das coisas mais prazerosas que eu faço. Eu amo isso daqui, e nem espero retorno nenhum, mas ultimamente estou tendo e fico muito feliz. A média de acessos diários tem se mantido a semana e o blog deu um salto incrível no mês de janeiro. Eu só tenho que agradecer à vocês. E ao apoio de amigos que dão muita força para eu continuar escrevendo.

Bom, isso não significa que vou parar por tempo indefinido, mas o número de atualizações tende a cair. Vou dar prioridade para resenhas e as premieres de vídeos musicais e trailers de filmes. Hoje vou ao cinema assistir Foi Apenas um Sonho e amanhã talvez a estréia de O Leitor. Semana que vem, enfim, devo assistir O Curioso Caso de Benjamin Button, esse mais por obrigação mesmo... E gente, Linha de Passe está de volta amanhã aqui no Cinemark de Vitória... e com sessões mais baratas. É imperdível! =)


Bom, é isso. Ah! Quase me esqueci... O tal Project Bands, onde vou mostrar bandas novas e talz, fica sem dia pra começar... Infelizmente... a estréia aconteceria nesta sexta-feira. =/


Enfim, é isso. Torçam por mim!

E lá vai eu voltar para Waverly Place...kkkk

fevereiro 01, 2009

My Chemical Romance "Desolation Row" - Video Premiere

Música tema de um dos filmes mais aguardados do ano ganha clipe

Com o lançamento de Watchmen se aproximando em 6 de março, foi lançado nesse fim de semana o videoclipe da canção tema do filme, Desolation Row, de Bob Dylan. Mas aqui é o My Chemical Romance que fez uma versão para a música.

Olha o que o vocalista Gerard Way diz sobre regravar a música: "Tem uma letra tão incrível. Mas eu peguei meus quatro versos favoritos. Queríamos que ela parecesse um produto não da sua era, mas sim do filme. Então ela foi tocada e gravada em um estilo do início do punk dos anos 80, parecido com Sex Pistols ou Ramones. É uma canção punk suja”.

Então tá Gerard, e o que o Bob Dylan achou disso tudo? "Ele viu um clipe na internet. Estávamos tocando essa versão ao vivo apenas para aquecer. E aparentemente ele ficou muito feliz com o resultado”. Então já que todo mundo adorou, vamos ver o resultado?


G.I. Joe e Transformers - Trailer Premiere

Muita ação e efeitos especiais nas duas prévias que foram liberadas

A parada é a seguinte, derrubaram a Torre Eiffel em Paris. Como Nova Iorque já parece desgastada nos filmes de ficção em geral, é hora de mudar o rumo e destruir outras partes do mundo... E sobrou pra pobre e antiga Torre. É essa cena que mais impressiona no primeiro teaser de G.I. Joe - A Origem da Cobra. Trata-se de uma adaptação de um clássico desenho animado da década de 1980 e parece que tem uma linha de bonecos até hoje. Eu já joguei Comandos em Ação, mas nem imaginava que tinha tantos personagens e toda essa história. Mais pra frente deve aparecer melhor a sinopse do filme, que deve contar a história do vilão principal. A estréia acontece em 7 de agosto deste ano. Assista ao energético vídeo:



Já pra quem gostou de perder o fôlego enquanto via Transformers, a continuação do filme tabém ganhou um teaser, que mostra mais a ação e o casal principal do filme em cenas extraordinárias. Eu achei o primeiro com uma edição muito confusa... Mas nem vou esperar uma desaceleração, afinal é uma sequência.

Em Transformers: A Vingança dos Derrotados, Sam e Mikaela estão novamente na mira dos Decepticons, que desta vez precisam dele vivo, pois ele detém conhecimentos valiosos sobre as origens dos Transformers e sua história ancestral na Terra. Enquanto isso, os militares dos Estados Unidos e uma força internacional juntam-se aos bondosos Autobots para enfrentar os vilões. A estréia acontece em 26 de Junho.

Veja o trailer:




Se não conseguir visualizar os vídeos, tente aqui e aqui.