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abril 25, 2012

Sexo e mentiras ditam a regra na nova série 'House of Lies'



Seriado cômico injeta mais sexo e personagens de caráter dúbio na TV




Estreou na última segunda (25) na HBO Brasil, a série House of Lies, originalmente produzida e exibida pelo canal norte-americano Show Time, dona de séries de calibre como Dexter, Nurse Jackie e The Big C. Partindo de uma premissa não muito inovadora, a cômica série vai se aventurar entre grandes corporações e pessoas afetadas pela crise econômica que assolou o país nos últimos anos. Porém, ainda vai mostrar o lado humano dos protagonistas, seus dramas pessoais, familiares e entre eles mesmos.


Estrelada por Don Cheadle e Kristen Bell, famosa pelo papel em Veronica Mars, o seriado é adaptado por  Matthew Carnahan (Dirt) da obra de Martin Kihn. Conta a história de Marty Kaan (Cheadle), um homem inescrupuloso que comanda uma empresa de consultoria. Não importa quem seja, o que ele quer é à qualquer custo conquistar o (dinheiro do) cliente. Mesmo se para isso ele precise manipular, usar pessoas e situações à seu favor. Ainda não sendo sempre sucesso, ele ainda esbarra na ex-esposa (Dawn Oliveri), que trabalha no mesmo ramo e sua empresa é vista como a número um. 

O grupo ainda é formado por Jeannie Van Der Hooven (Bell), uma especialista em psicologia, Doug (Josh Lawson) e Clyde (Ben Schwartz), seu melhor amigo. Como se não bastassem as dificuldades na carreira, ele ainda tem que equilibrar a vida familiar com seu pai Jeremiah (Glynn Turman), da qual, vive em meio a uma tensa relação e com seu filho Roscoe (Donis Leonard Jr.), um pré-adolescente que na descoberta da sexualidade, dá sinais de ser gay.

O primeiro episódio não fugiu da regra imposta pela maioria dos programas lembrando explicitamente Dirt. Muito sexo, intrigas, polêmica, sexo e... mais sexo. O primeiro cliente que conseguiram foi um banco de Wall Street que está com problema nas finanças. Sem medo de cutucar na ferida, o diálogos foram sobre o desprezo da elite com os mais pobres e como eles eram vistos por aqueles que perderam tudo na crise. Um bom começo para uma série que se diz cômica - talvez assim seja mais fácil abordar o assunto. Porém, o excesso de situações e detalhes com sexo banalizaram um pouco a história. O caráter dúbio do personagem também pareceu forçado de primeiro momento, mesmo que no fim isso dá sinais de mudanças em breve. Outro lado positivo foi o artificio de romper a barreira da ficção com o expectador para que ele possa explicar os eventos e termos da profissão. O tom sarcástico ficou no ponto. 

De começo parece uma boa série e já conseguiu aprovação para uma segunda temporada. Que no resto desta temporada, as coisas firmem um caminho tão bom quanto as demais séries do canal, para assim não terminar como a pretensiosa Dirt, que falava sobre uma inescrupulosa editora de uma revista de fofocas... em meio a sexo, violência, drogas... e mais sexo.

A série vai ao ar todas às 22h na HBO Brasil.